Onde surgiu e o que representa a Fênix?

Ela surgiu no Egito antigo, representando a imortalidade e os ciclos da natureza. A fênix era conhecida como Bennu, pelos egípcios. Segundo o mito, a concepção de uma fênix ocorria quando um exemplar sentia que ia morrer. A fênix montava um ninho com incenso e outras ervas aromáticas para ser incinerada pelos raios do Sol. A partir do corpo de sua mãe, uma nova fênix surgia com a capacidade de viver o mesmo tempo da genitora.

A jovem fênix, após adquirir certo vigor físico, realiza um ritual funerário em homenagem à sua mãe. Ela constrói um ovo de mirra, onde deposita os restos mortais de seu genitor. Depois disso, vai ao templo do Deus Sol, na cidade egípcia de Heliópolis, onde deposita o ovo por ela construído. Para os egípcios, a fênix também representava a alma de Rá, o deus Sol.

Outras narrativas apresentam uma versão distinta, segundo a qual a fênix, à beira da morte, se dirigia a Heliópolis, aterrissava no altar solar e então ardia em chamas. Depois de um período ainda não definido precisamente, ela retorna à vida, simbolizando assim os ciclos naturais de morte e renascimento, a continuidade da existência após a morte.

Segundo algumas narrativas, essa ave poderia viver quinhentos anos, enquanto outras afirmam que o pássaro poderia viver até 97 mil anos. E durante todo esse período só existiria uma única fênix, por isso ela também simbolizava grandes ciclos da natureza. 


Para os povos antigos, a fênix simbolizava o Sol, que ao final de cada tarde se incendeia e morre, renascendo a cada manhã. Diante da perspectiva da morte, ela era considerada como um símbolo de esperança, de persistência e de transformação de tudo que existe, um sinal da vitória da vida e da inexistência da morte como ela é concebida pela civilização ocidental.

Os romanos viam na ave uma metáfora para o caráter imortal e intocável do Império Romano e chegaram a estampá-la em algumas de suas moedas. Com o surgimento do cristianismo, a fênix passou a representar a ideia de ressurreição e de vida após a morte.

Diversos escritores se referiram à Fênix, tanto na Antiguidade quanto nos dias atuais, entre eles Hesíodo, Heródoto, Ovídio, Voltaire, Rabelais e J.K. Rowling - autora da saga Harry Potter.

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