O fato de não emitir nenhuma luz é o que dificulta seu estudo. Todas as observações de corpos no espaço são feitas a partir da luz ou de outro tipo de radiação eletromagnética emitida ou refletida pelos astros. Como a matéria escura não faz nenhuma dessas coisas, é "invisível". Ainda assim, sabe-se que ela está lá. Na década de 1930, o astrônomo Fritz Zwicky, um húngaro radicado nos Estados Unidos, calculou a massa de algumas galáxias e percebeu que ela era 400 vezes maior do que sugeriam as estrelas observadas! A diferença está justamente na massa de matéria escura.
Pelas contas do professor Fritz, você deve ter percebido que ela não é apenas um detalhe na
composição do Universo, e, sim, seu principal ingrediente. Hoje em dia, calcula-se que ela corresponda a mais ou menos 95% do Universo. É como se todas as galáxias que conhecemos atualmente fossem apenas alguns pedacinhos do Universo. Existem várias teorias sobre o que seria a massa escura. O mais provável é que ela seja feita de partículas subatômicas, menores que nêutrons, prótons e elétrons e ainda indetectáveis pelos atuais instrumentos de medição dos cientistas.

Para terminar, vale um esclarecimento: apesar da semelhança no nome, matéria escura não tem nada a ver com buraco negro. "A massa escura é um componente do Universo, sem luz, enquanto o buraco negro é um objeto astrofísico com um campo gravitacional tão forte que não deixa nem mesmoa luz escapar", afirma o astrônomo Enos Picazzio, da Universidade de São Paulo (USP).
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