Pessoas nascidas hoje poderão presenciar o fim do mundo

O microbiologista australiano Frank Fenner assustou o mundo ao confirmar algo que muitos vêm pensando há algum tempo: daqui a 100 anos não existirá mais vida humana no nosso planeta, pois estamos criando um mundo inabitável. Segundo Fenner, há três fatores que estão nos levando para a extinção humana: superpopulação, falta de recursos naturais e mudanças climáticas.

Ainda que a previsão do cientista não seja considerada realmente precisa, há alguns anos ele nos alerta para determinadas questões que precisam ser repensadas urgentemente, como o esforço mínimo e insuficiente que fazemos para diminuir a quantidade monstruosa de substâncias poluentes que enviamos a todo o momento para a atmosfera.


Fenner acredita que não há meios de reduzir os danos que já causamos até agora. Diminuir o número de poluição parece ser a parte mais fácil do trabalho capaz de mudar o rumo da coisa. A parte mais difícil seria o desenvolvimento de meios que revertessem essa contagem regressiva apocalíptica, iniciada há muito tempo.

O conselheiro científico do governo britânico, Sir David King, disse: “Evitar mudanças climáticas perigosas é impossível – elas perigosas já estão aqui. A pergunta é: nós podemos evitar mudanças climáticas catastróficas?”.


O colunista David Auerbach, que escreve para a agência Reuters, acredita que está mais do que na hora de mudarmos nossas fontes de energia, além de diminuirmos de fato a quantidade de emissão poluente. Com esses dados fica fácil entender a afirmação de Fenner de que uma criança nascida hoje pode viver para ver o fim da humanidade. E o que se sabe sobre o assunto é que todo o esforço para desacelerar esse processo ainda é insuficiente.

Neste ano haverá uma conferência na França, que deve discutir justamente essas questões climáticas. A esperança é a de que alguma solução tecnológica surja e possa nos dar a chance de ganhar mais tempo para pensar em alguma estratégia que não apenas reduza a emissão de gases poluentes como nos dê outros meios de viver sem destruir nossa própria casa.