Atlântida realmente existiu?

Atlântida é um verdadeiro mistério. Não existem provas de que este reino realmente existiu. Platão foi a primeira pessoa a relatar a existência dessa lendária civilização. Segundo sua narrativa, o continente era muito grande e se localizava a oeste do estreito de Gibraltar, no oceano Atlântico.

Segundo relatos de livros, Atlântida possuía uma civilização utópica perfeita. A terra era habitada pelos descendentes do titã Atlas. A civilização contava com o majestoso Palácio de Poseidon, que possuía muralhas de ouro, revestimentos de prata, teto em marfim e paredes em cobre.

Essa civilização teria entrado em decadência, o que resultou em terremotos e maremotos provocados pelos deuses para destruir o continente. Assim, Atlântida teria sido sepultada no fundo do mar. O oitavo continente desapareceu sem deixar nenhum vestígio de sua existência. Essa destruição teria
sido causada pelo excesso de materialismo do povo de Atlântida.

Se ela de fato existiu, a hipótese mais provável é de que tenha sido uma civilização florescida na Idade do Bronze grega (3000 a 1000 a.C) e desaparecida após um desastre natural de grandes proporções, como a erupção de um gigantesco vulcão.

Estudos feitos nas últimas décadas revelaram que houve, de fato, uma grande catástrofe no Mediterrâneo, mas ela aconteceu no século XVII a.C. Tudo começou com a erupção de um vulcão na ilha de Thera, no mar Egeu, hoje conhecida como Santorini, um dos principais pontos turísticos da Grécia. Equipes científicas multidisciplinares vêm rastreando a região em busca de evidências que comprovem a teoria. As pistas encontradas até agora mostram que os habitantes da ilha faziam parte da civilização minoica, que existiu de 3000 a 1100 a.C. e deu origem à cultura da Grécia Antiga. O geólogo Walter Friedrich, da Universidade de
Aarhus, na Dinamarca, é um dos principais defensores da teoria. "Platão provavelmente buscou a inspiração para seus escritos nos relatos de uma sociedade que habitou a ilha de Santorini durante a Idade do Bronze", diz Friedrich, que reuniu as descobertas sobre o tema no livro Fire in the Sea.

O tema Atlântida tem dado origem a diferentes interpretações, das céticas às mais fantasiosas. Segundo alguns autores mais céticos, tratar-se-ia de uma metáfora referente a uma catástrofe global (identificada, ou não, com o dilúvio), que teria sido assimilada pelas tradições orais de diversos povos e configurada segundo suas particularidades culturais próprias. Consideram também que a narrativa se insere numa dada mitologia que pretendia explicar as transformações geográficas e geológicas devidas às transgressões marinhas.

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