Como a Inteligência Artificial pode destruir a humanidade

Com os grandes avanços da ciência nos últimos tempos, especialmente na área de inteligência artificial, muitos cientistas ficaram animados com este progresso, enquanto outros estão bastante preocupados com o que o futuro reserva se o desenvolvimento da inteligência artificial sair do controle.

Pensando nisso, Ashley Feinberg resolveu reunir as opiniões de especialistas em tecnologia e inteligência artificial - e você poderá conferir o que eles pensam nessa matéria:

1. Desaparecimento de empregos

Para Stuart Armstrong — filósofo e pesquisador do Instituto do Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford —, o primeiro efeito devastador do domínio das máquinas sobre a humanidade seria o desaparecimento dos empregos. Pois Armstrong imagina o seguinte panorama: pegue uma máquina tão inteligente como um ser humano e faça cem cópias dela. Treine esses robôs em cem profissões diferentes e faça outras cem cópias. Se continuarmos repetindo esse processo, o resultado serão milhões de trabalhadores altamente especializados, e a coisa se tornaria ainda mais complicada se treinássemos essas máquinas com capacidades super-humanas.

2. As máquinas vão se encher de nós
Considerando que o cenário anterior se concretize, é altamente provável que os humanos se tornem obsoletos. De acordo com Daniel Dewey, colega de Armstrong em Oxford, seria apenas uma questão de tempo até que as máquinas começassem a ver a humanidade como um obstáculo para o seu progresso.

Para explicar seu prognóstico, Daniel faz uma comparação entre humanos e chimpanzés, por exemplo, considerando a pequena diferença que existe entre a inteligência dos dois. Segundo ele, por mínima que pareça, essa sutil diferença resulta no predomínio de uma espécie sobre a outra — e se traduz em 7 bilhões de habitantes que dominam todo o planeta.


3. Nos tornaríamos totalmente dependentes das máquinas

O cenário proposto por Bill Joy, da Sun Microsystems, é que a humanidade se apoiará cada vez mais nas máquinas para tomar suas decisões. Com isso, conforme as questões que nos afetam comecem a se tornar mais complexas — e as máquinas mais inteligentes —, a humanidade caminharia para um futuro de extrema dependência a ponto de que não aceitar tudo o que as máquinas decidirem pois as soluções apresentadas por elas serão melhores que as propostas pelos humanos. Logo essas questões se tornariam tão complexas que os homens seriam incapazes de tomar decisões sozinhos, e então, as máquinas estarão totalmente no controle.

4. As máquina podem não ser tão espertas

Segundo Ashley, o perigo acerca da inteligência artificial pode não estar necessariamente relacionado com o objetivo de destruir a humanidade. Nesse sentido, Mark Bishop, professor na Universidade de Londres, se preocupa com o emprego militar de sistemas de armas robóticas capazes de decidir quando iniciar um ataque sem que haja intervenção humana.


A inquietação de Bishop se refere ao fato de que atualmente esses sistemas não são especialmente inteligentes, e uma má decisão poderia gerar problemas que levariam a situações com consequências aterrorizantes. Ou seja, mesmo que as máquinas não cheguem a se tornar tão ou mais inteligentes do que os humanos, elas ainda podem representar uma ameaça para a humanidade.

0 comentários:

Postar um comentário